Parábola do bom soldado (ou da Zilda Arns)
Por Levi Bronzeado e
Leonardo Gonçalves
Descia um negro do Haiti para as bandas do norte do Brasil. Carregava uma espécie de boneco em uma de suas mãos, além de uns poucos trocados nos bolsos. Chegara à região setentrional deste país, onde, a boca pequena, se ouvia dizer ser bastante “evangelizada”.
Repentinamente, o haitiano se vê nas mãos de assaltantes, que o despojaram e o espancaram deixando-o quase morto ao solo.
Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote de olhar SEVERO, que vendo o desvalido no chão, a gemer, com um pequeno boneco ainda pendente de suas mãos flácidas e pálidas, passou de largo, dizendo: “Este, naturalmente está recebendo o merecido castigo Divino por adorar o boneco “vodu”!
De igual modo também um crente carismático, oriundo de alguma denominação neopentecostal chegou àquele lugar e, vendo-o passou de largo, bradando: “Está tudo amarrado!”, e nada fez pelo miserável.
Mas um soldado brasileiro e uma senhora de pele clara que chegavam de Porto Príncipe, ao ver o ferido, moveram-se de ÍNTIMA COMPAIXÃO.
Aproximando-se, ataram-lhe as feridas, deitando-lhe azeite e uma aguardente que o soldado levava em sua mochila. Então o soldado, pondo-o em seu carro, levou-o para um hospital, onde ele recebeu tratamento médico adequado.
***
Em memória dos 20 soldados brasileiros da força de paz, que morreram heroicamente no Haiti, e de Zilda Arns, mulher de fibra que ajudou milhares de crianças a vencer a desnutrição.
Fonte: pulpitocristao.com
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