sexta-feira, 18 de julho de 2014

"A fé não nos exime de atravessar o vale da sombra da morte. Mas com absoluta certeza acende uma luz no vale, e faz com que a travessia não seja marcada por medo, angústia, tristeza e solidão, mas por reconciliação, comunhão e esperança de ressurreição."
Para compartilhar mil vezes em dias de crendices infantis e egoístas.
Pastoral da semana.
"Pra quem tem fé" por Ed René Kivitz.
http://ibab.com.br/blog/post/pra-quem-tem-fe/
Ter ou não filhos é uma questão de fé, também.
Tive quatro filhos. Quando o meu primogênito nasceu o Rafael Oliveira, eu estava desempregado. Houve pessoas, da família inclusive, que sugeriram o aborto. Nunca passou pela nossa cabeça. Até entre irmãos da fé, quando as meninas foram nascendo, houve desespero e foram ditas coisas tipo: você não tem como mantê-los e tal e coisa. Me lembro de um "ímpio" dizendo: que nada, você tem braços, pernas e cabeça para trabalhar e manter a todos. Só faltou dizer: Deus é contigo. E Ele tem sido. Não consigo imaginar a minha vida e o mundo sem eles. Valeu a pena cada dificuldade. Nos momentos de dificuldade maior podíamos dizer: temos uns aos outros. A vida vale a pena, casar vale a pena, ter filhos vale a pena sempre.
Em todos os lugares que dizemos que temos quatro filhos, as pessoas se assustam e comentam: que coragem hein? Coragem nada. paixão e fé.
Aos que pensam apenas no acúmulo de bens para poder casar ou ter filhos, lembro que os tesouros do mundo enferrujam. A segurança desta século é areia movediça. Grandes empresas e negócios promissores falem. os que constroem sua casa sobre a rocha não são abalados nas chuvas mais fortes.
O mundo seria muito mais pobre sem meus filhos: Rafael Oliveira, Ana Clara OliveiraÁgata Oliveira, e Ana Beatriz Oliveira . O mundo seria mais pobre se você, que está lendo este texto, tivesse sido abortado.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Óleo "ungido" não existe.

O Novo Testamento utiliza-se de dois verbos para unção. O primeiro é chrio, que dá origem ao vocábulo Cristo e aponta para a unção nos rituais consagratórios de oficiais, reis e sacerdotes. Aparece nos seguintes textos: Lucas 4.18; Atos 4.27, 10.38; 2 Coríntios 1.21 e Hebreus 1.9. Concordo com o Dc. Leonardo de Souza Guimarães (http: www.adiberj.org) quando afirma que este verbo “tem o significado original de unção ritual. Se Tiago tivesse em mente a unção do azeite como um ritual envolvido na oração, ele teria usado o verbo chrio e não aleipho, como ele fez”. J.J. Von Allmen assevera que, no Novo Testamento “o óleo não figura mais como sinal visível da graça invisível”.
O segundo verbo, facilmente encontrado nos escritos gregos de Filo, Plínio e do médico Galeno, é aleipho, significando untar ou esfregar. Aponta para a unção terapêutica, ou seja, para a aplicação de óleos sobre o corpo do enfermo. Este é o verbo empregado em Tiago 5.14 e que figura em Marcos 6.13. Há ainda a utilização de aleipho para descrever a unção com aromas e perfumes (Mc 16.1; Lc 7.38,46). No mundo antigo, a unção com óleos e outros extratos da natureza era um recurso muito utilizado pela medicina. Aparece em 2 Reis 20.1-7 e, de forma poética, em Isaías 1.6.
Numa parábola contada por Jesus, a unção com azeite e vinho é parte do atendimento de primeiros socorros prestado por um samaritano a um homem ferido (Lc 10.34). Jesus censura o sacerdote e o levita que não prestaram socorro, o que era inaceitável numa época em que a autoridade religiosa chegava antes do médico e prestava o primeiro atendimento, utilizando-se de óleos e azeites, orando pela recuperação do mesmo . Ainda hoje, os médicos utilizam-se de muitos tipos de óleos para tratamento de saúde, os quais tem ação comprovada na recuperação de certas enfermidades.
Não há qualquer proibição na Bíblia para a aplicação dos recursos medicinais aos enfermos e nem mesmo a quem exerce o ofício de médico (Cl 4.14; 1 Tm 5.23). Devemos ainda hoje utilizar a assistência médica com oração em nome do Senhor Jesus. Este é o ensino claro de Tiago. Em sua soberania, Deus utiliza-se de variados meios e os crentes jamais devem questionar os recursos divinos para atender seus filhos (Mt 26.42). Não se censura na Bíblia os crentes que adoecem ou enfrentam alguma outra intempérie da vida (Fp 2.25-27; 2 Tm 4.20). Essa associação cabal da enfermidade com pecados ou maldições é mais uma heresia dos nossos dias.
Não podemos esquecer que há curas na Bíblia sem a aplicação da unção com óleo e que outros meios também são utilizados, dando-nos a compreensão do poder de Deus que manifesta-se aos olhos daquele que tem fé, conforme a vontade livre do Senhor (Tg 5.15). Jesus ungiu com lodo um cego de nascença e ordenou que ele se lavasse no tanque de Siloé (Jo 9.6,7). Em outra ocasião, apenas tocou os olhos de dois cegos (Mt 9.29), assim como curou o cego de Jericó sem utilizar-se do lodo ou mesmo tocar nele, segundo o relato das Escrituras (Lc 18.42).
Os crentes batistas não precisam e não devem praticar a unção com óleo sobre enfermos, pois esta prática está em desacordo com o ensino das Escrituras e não reflete o ensino de Tiago. O que nos é ensinado é a validade da oração e dos medicamentos para a restauração do enfermo. Devem os pastores e outros crentes consagrados promover assistência aos enfermos com oração, crendo que o nosso Deus pode restaurar a saúde abalada (Mts 18.19,20; 2 Tessalonicenses 5.14). Ainda hoje a oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16). Creiamos nisto!.
Pr. Tarcísio Farias Guimarães 
Pastor da PIB em Divinópolis/MG 
Extraído de OJB