sábado, 26 de abril de 2008

Cristãos desencarnados, uma impossibilidade.

Sem dúvida, uma das questões mais marcantes e apaixonantes na pessoa de Jesus Cristo foi a encarnação. Jesus se fez gente, é o nosso cântico basilar de fé. Deus tornou-se humano, igual a nós, é nosso consolo e ao mesmo tempo esperança. Ao encarnar-se buscou o outro, comeu e bebeu junto, participou das alegrias e tristezas de todos, fez amigos entre os diferentes (foi chamado de forma justa de amigo de pecadores), amou, sofreu, suou, estava nas festas da sua cultura e das comemorações da vida (casamentos por exemplo). Não se afastou das causas que incomodavam, fossem políticas, sociais, familiares, religiosas etc. Delatando e combatendo o mal onde ele estivesse nos deixou lições preciosas, o reino de Deus é o novo, para todo o povo. Como, então, me alienar da vida, da cultura, das músicas, da literatura, dos eventos sociais, das grandes questões? Não existe cristianismo isolado, indiferente, sem coração, sem misericórdia, sem graça, sem perceber que Deus atua no "mundo" por que o amou, e continua amando.